Com o aumento da esperança média de vida e a tendência para o prolongamento das carreiras profissionais, o envelhecimento ativo e saudável tornou-se um tema central e prioritário para as organizações.
Já não basta adaptar as estruturas para acolher trabalhadores séniores ou oferecer medidas pontuais. É imperativo que as organizações desenvolvam estratégias integradas que valorizem o contributo destes profissionais e que promovam a sua participação plena, saudável, com dignidade e reconhecimento em todas as fases da vida profissional.
Saiba mais sobre o papel estratégico das organizações na promoção do envelhecimento ativo dos colaboradores e descubra práticas eficazes para transformar o desafio demográfico numa oportunidade de desenvolvimento humano e organizacional.
Envelhecimento Ativo: Mais do que Trabalhar Mais Anos
O conceito de envelhecimento ativo, segundo a Organização Mundial da Saúde, refere-se ao processo de otimização das oportunidades para a saúde, participação e segurança, de modo a melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem.
Quando transportado para o contexto laboral, o envelhecimento ativo e saudável traduz-se em:
• Manter e promover a capacidade de trabalho ao longo da vida;
• Valorizar o conhecimento e experiência acumulada dos trabalhadores séniores;
• Combater estereótipos e práticas discriminatórias associadas à idade (idadismo);
• Promover a formação contínua e a adaptabilidade às atuais exigências do mercado;
• Garantir condições de saúde física, bem-estar e saúde-mental no trabalho.
As organizações que reconhecem a importância do envelhecimento ativo e saudável constroem equipas mais diversas, resilientes e inovadoras.
Desafios que as Organizações enfrentam
A promoção do envelhecimento saudável dos colaboradores envolve superar obstáculos estruturais e culturais. Entre os principais desafios enfrentados pelas empresas destacam-se:
• Gestão da diversidade etária: Criar culturas organizacionais inclusivas para diferentes gerações;
• Adaptação das condições de trabalho: Implementar modelos de trabalho, de horário e de responsabilidades mais flexíveis;
• Promoção da formação contínua: Combater a obsolescência de competências através de programas de atualização e reconversão;
• Prevenção de riscos profissionais: Adaptar as práticas de saúde e segurança às necessidades específicas dos trabalhadores séniores;
• Gestão de carreiras prolongadas: Reestruturar trajetórias profissionais para manter a motivação e a produtividade.
Superar estes desafios requer uma visão estratégica e políticas de recursos humanos orientadas para a inclusão, a sustentabilidade do talento e a valorização da experiência.
Estratégias para promover o Envelhecimento Ativo nas Organizações
Promover um Envelhecimento Ativo nas organizações trata-se de um investimento no futuro da organização e exige esforço. Deste modo, algumas das estratégias eficazes que têm vindo a ser implementadas com sucesso em diversos contextos empresariais incluem:
• Programas de mentoring intergeracional, que promovem a partilha de saberes e o reforço do espírito colaborativo;
• Planos de carreira flexíveis, ajustáveis às preferências e capacidades dos colaboradores séniores;
• Incentivo à participação dos colaboradores séniores em projetos de melhoria contínua, inovação e formação de novos talentos;
• Promoção de campanhas de sensibilização contra o idadismo, para fomentar uma cultura de respeito intergeracional;
• Integração de programas de saúde física e mental no trabalho, focados na prevenção e na qualidade de vida.
Investir no envelhecimento ativo e saudável favorece a permanência dos colaboradores e potenciam ambientes de trabalho mais justos, colaborativos e produtivos. Além disso, torna-se uma vantagem competitiva para as organizações que pretendem manter equipas experientes e diversificadas.
Liderar com Visão: A Formação como Base para Equipas Intergeracionais
Um dos pilares fundamentais para a implementação de estratégias eficazes de envelhecimento ativo e saudável nas organizações é a capacitação dos gestores, diretores e líderes de equipas.
Estes profissionais têm um papel crucial na criação de ambientes inclusivos e sustentáveis, capazes de integrar os colaboradores séniores com respeito, reconhecimento e valorização do seu contributo.
Através de formação especializada, os líderes adquirem ferramentas para gerir equipas multigeracionais, combater o idadismo, adaptar práticas de gestão de desempenho e promover o bem-estar físico, emocional e social dos trabalhadores séniores.
Investir na formação contínua das lideranças é, por isso, essencial para transformar verdadeiramente a cultura organizacional e consolidar uma abordagem estratégica ao envelhecimento ativo em contexto de trabalho.
No Instituto CRIAP encontra oferta formativa que capacitam profissionais para serem vozes ativas do envelhecimento ativo e saudável. Destacamos:
• Curso Pós-Universitário em Envelhecimento Ativo e Saudável: Implementação de Instituições Age-Friendly
Direcionada para profissionais das áreas de saúde,
esta formação avançada permite desenvolver competências para promover o envelhecimento ativo e saudável em diferentes contextos, implementar metodologias age-friendly, monitorizar e avaliar intervenções com indicadores de qualidade e impacto.
• Webinário “O Papel das Organizações na Promoção do Envelhecimento Ativo dos Colaboradores”
Para aprofundar esta temática e conhecer estratégias práticas para promover o envelhecimento ativo no contexto organizacional, participe no webinário "
O Papel das Organizações na Promoção do Envelhecimento Ativo dos Colaboradores". A sessão é conduzida pela Prof.ª Graça Rebocho, especialista em Economia e Políticas de Desenvolvimento de Recursos Humanos, com vasta experiência no desenho de políticas inclusivas para o mercado de trabalho.
O que pode esperar deste webinário?
Neste webinário, serão abordados os seguintes temas:
• Conceito de Envelhecimento Ativo;
• Idadismo;
• Intervenção ao nível da Saúde e Bem Estar;
• Intervenção ao nível da participação em atividades não remuneradas;
• Intervenção ao nível da Formação e Desenvolvimento de Competências;
• Flexibilidade Laboral;
• Transição para a Reforma.
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