A Avaliação Desempenho na Administração Pública

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A Avaliação Desempenho na Administração Pública com enfoque nas Competências

Os desafios que atualmente se colocam às organizações e aos indivíduos são múltiplos, cada vez maiores e muito diferentes de outrora. As transformações a que estamos a assistir exigem dos recursos humanos competências comportamentais que no passado não eram valorizadas.

O modelo de gestão de pessoas preconizado durante muitos anos, descurou a dimensão comportamental da gestão quase sempre aprendida intuitivamente, de modo não sistemático, deixada ao livre-arbítrio do “estilo de cada um”. Esta dimensão comportamental, outrora negligenciada, é agora um fator a ter em conta na avaliação do desempenho dos trabalhadores.

 

 

Avaliação de desempenho na Administração Pública

 

Em concreto na Administração Pública o processo de reestruturação em curso apresenta no seu atual modelo de gestão de Recursos Humanos muitas diferenças face ao passado. Dimensões como o trabalho por objetivos, a avaliação de desempenho, a gestão de carreiras, a mobilidade, a excelência de serviços, impõem-se no contexto atual com novos modos de intervenção que sugerem a adoção de novas práticas por parte dos trabalhadores e exigem o desenvolvimento das suas competências.

 

 

Porque é importante a Avaliação de Desempenho na Administração Pública?

 

É necessário aumentar a produtividade do país, das organizações, promover uma imagem de qualidade com recursos humanos, capazes de gerir adequadamente as situações com que se confrontam, com sentido de confiança e responsabilidade no trabalho. O papel da avaliação do desempenho e em concreto da avaliação das competências deve permitir identificar as pessoas com desempenhos de qualidade, capazes de responder adequadamente à diversidade de situações específicas da realidade profissional, transmitindo assim uma imagem positiva de um setor público eficaz. Tal significa que as empresas públicas sejam capazes de estar à altura das exigências dos cidadãos que possuem cada vez mais uma maior consciência do seu papel e da sua participação social.

 

Estas exigências implicam que, os atores do processo de avaliação de desempenho – avaliadores e avaliados, identifiquem perfis de competências dos postos de trabalho, integradores, capazes de conciliar objetivos, recursos, práticas, conhecimentos técnicos e comportamentos adequados.

 

Numa época em que os desafios são cada vez maiores para as pessoas e para as organizações a avaliação das competências no âmbito da gestão do desempenho desempenha um papel fundamental. Este processo de avaliação deve ser encarado com seriedade e cuidado, bem estruturado e metodologicamente consistente de modo que seja possível identificar as áreas críticas, lacunares, bem como as boas práticas que poderão servir de suporte a uma realidade versátil e plural.

 

No caso concreto da administração pública, a avaliação de desempenho deve desempenhar um papel importante na criação de condições para o aumento da competitividade nacional. Cada sector, departamento, serviço, gabinete, através do modo como desempenha a sua atividade, assume uma importância crucial pois pode favorecer o desenvolvimento de competências de carácter empreendedor, individuais ou coletivas dos seus trabalhadores, ao encontro da qualidade. A avaliação surge assim como indispensável pois é necessário conhecer a realidade dos serviços e das organizações, identificar as oportunidades de recrutamento ou de desenvolvimento individual traduzidas nas necessidades de formação. É preciso avaliar para identificar quais as medidas que podem ser adotadas para um melhor desempenho dos trabalhadores e dos seus serviços.

 

 

Avaliar o desempenho para quê?

 

A avaliação deve ser encarada como um instrumento que permite um maior conhecimento dos serviços da Administração Pública no que concerne às atividades desenvolvidas e ao seu desempenho bem como permitir um melhor conhecimento das exigências de cada função/posto de trabalho.

 

Os processos de avaliação de desempenho nas organizações são por vezes considerados momentos críticos, que se revestem de subjetividade. É preciso melhorar os procedimentos e adotar metodologias que permitam uma gestão previsional dos recursos humanos que promova uma evolução atempada, planeada e sustentada. Neste sentido, os atores chave que promovem a avaliação deverão estar bem informados sobre a forma como esta deve ser implementada, devem partilhar conceitos, modelos, critérios de observação e análise das situações de trabalho e dos comportamentos adequados através de uma linguagem comum, com benefício para todos os intervenientes.

 

Qualquer dispositivo de avaliação pressupõe que se identifique previamente como, quando e de que forma se vai avaliar.

 

A qualidade do processo de avaliação, é em grande parte, explicada pelo trabalho realizado pelo seu responsável - o avaliador ao nível do planeamento, da implementação, das técnicas de recolha de informação que são adotadas e do modo com essa informação é tratada. A recolha, seleção, tratamento e interpretação dos dados deve ser realizada de modo metodologicamente consistente com recurso a indicadores chave que se traduzam numa análise sistemática e objetiva e que considerem a influência de múltiplas variáveis intrínsecas a cada situação em concreto.

 

Ao definir antecipadamente o que se vai avaliar e como se vai avaliar, é possível conceber um modelo congruente com a finalidade pretendida. Estes aspetos constituem fatores críticos de sucesso.

 

Neste sentido, o trabalho desenvolvido implica que os diferentes atores envolvidos no processo de avaliação assumam a responsabilidade quanto à definição do perfil de competências exigido para a função em causa, quanto à pertinência das competências escolhidas e dos comportamentos a elas associados que são essenciais para um trabalho de qualidade naquele posto de trabalho bem como quanto à forma como a informação obtida em cada uma das fases do processo vai ser tratada e classificada.

 

 

Avaliar as competências no SIADAP 3

 

A frequência deste curso irá possibilitar aos participantes o aperfeiçoamento e o treino na operacionalização dos critérios relacionados com a avaliação das competências em sede de SIADAP3, na administração publica.

 

Pretende-se reduzir as margens de subjetividade na avaliação do desempenho através da disseminação de uma metodologia que permite a partilha de critérios comuns e proporciona aos avaliadores e avaliados uma compreensão mais objetiva e promotora da melhoria dos desempenhos profissionais e dos comportamentos adequados ao perfil desejado dos postos de trabalho.

 

 

 

 

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Artigo da autoria de:
Margarida Segurado

Mestre em Políticas e Desenvolvimento de Recursos Humanos pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), 1999. Psicóloga Clínica pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), 1987; Certificação Internacional em Coaching Pessoal e Profissional – INCTA International Coaching and PNL Training Academy – 2017; Formadora Certificada e Membro da Ordem dos Psicólogos Portugueses. Psicóloga do Município de Palmela desde maio 2020. Formadora regular desde 2007 no âmbito dos cursos CADAP, CAGEP, FORGEP, Diploma de Especialização em Gestão Administrativa de Recursos Humanos, bem como no âmbito da Entrevista de Avaliação de Competências e da Avaliação de Desempenho (SIADAP3). Formadora na área Comportamental da Gestão desde 1993 para diversas entidades publicas ao nível Central e Local. Formadora do Centro Nacional de Qualificação de Formadores (CNQF/IEFP) nas modalidades inicial e continua da Formação Pedagógica de Formadores desde 1991. Coordenadora metodológica de projetos de investigação entre 2000 e 2006 no Centro de Investigação e Educação Contínua de Adultos da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – ULH. Integrou o grupo de trabalho DGAEP/INA responsável pela elaboração do referencial da Entrevista de Avaliação de Competências como método de seleção no âmbito da Portaria 83A /2009, e 233/2022.

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