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Dia Internacional dos Transportes Médicos
Descubra mais sobre o Dia Internacional dos Transportes Médicos, a evolução das ambulâncias, o papel do INEM e a importância da formação em emergência.
O Dia Internacional dos Transportes Médicos foi criado para reconhecer e valorizar o trabalho dos profissionais que asseguram o transporte de doentes. A data lembra a evolução deste serviço, que passou de meios rudimentares para ambulâncias modernas e totalmente equipadas, essenciais na prestação de cuidados de emergência.
Em Portugal, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) coordena a resposta a situações de urgência e emergência. É o organismo responsável por mobilizar ambulâncias, helicópteros e meios marítimos sempre que necessário. A partir das Centrais de Orientação de Doentes Urgentes, o INEM gere recursos e define prioridades, garantindo que a ajuda chega de forma rápida e adequada a cada situação.
Para muitos cidadãos, representa a primeira ligação entre um momento de fragilidade e a prestação de cuidados médicos especializados.
As ambulâncias representam o primeiro elo entre a ocorrência de uma emergência médica e a prestação de cuidados hospitalares. Funcionam como unidades móveis de saúde, preparadas para intervir de imediato em situações críticas.
No seu interior, os profissionais de emergência iniciam manobras que podem estabilizar o doente e, em muitos casos, fazer a diferença entre a vida e a morte.
A existência de ambulâncias bem equipadas é essencial para garantir essa resposta. Monitores de sinais vitais, desfibriladores automáticos, sistemas de oxigenoterapia e material de suporte avançado de vida permitem não apenas o transporte seguro, mas também a intervenção clínica durante o trajeto.
Esta preparação é ainda mais relevante em emergências como enfartes, acidentes rodoviários ou paragens cardiorrespiratórias, em que o tempo é determinante.
No contexto dos transportes médicos, o Suporte Básico de Vida (SBV) é uma das competências mais relevantes para os profissionais de emergência. Muitas vezes, são os primeiros a chegar ao local de um acidente ou a uma situação de paragem cardiorrespiratória, e a capacidade de iniciar manobras imediatas de reanimação pode determinar o prognóstico do doente.
Mesmo durante o transporte na ambulância, a aplicação correta do SBV assegura a estabilização das funções vitais até à chegada ao hospital. A sua eficácia depende não só da técnica, mas também da rapidez e da coordenação entre os elementos da equipa.
É por isso considerado um pilar fundamental dentro das práticas de emergência pré-hospitalar, reforçando a importância de profissionais treinados e de ambulâncias devidamente equipadas.
A farmacologia em contextos de urgência e emergência assume um papel central no tratamento imediato de situações críticas. A administração correta e atempada de fármacos pode estabilizar funções vitais, controlar a dor, reverter arritmias ou restabelecer parâmetros hemodinâmicos em minutos decisivos. Entre os medicamentos mais utilizados encontram-se os analgésicos potentes, antiarrítmicos, vasopressores, ansiolíticos e fármacos para suporte respiratório.
O conhecimento profundo das doses, interações e efeitos adversos é indispensável para evitar erros que podem ser fatais.
Por isso, a farmacologia de emergência exige não apenas domínio técnico, mas também treino regular, garantindo que a resposta medicamentosa é rápida, segura e ajustada à condição clínica de cada doente.
A emergência médica é uma área onde a imprevisibilidade é constante. Cada chamada recebida pode significar um acidente grave, uma paragem cardiorrespiratória ou uma situação aparentemente menor que rapidamente se agrava. Para dar resposta a este cenário, as equipas e meios têm de estar preparados para superar diversos desafios, como:
• Tempo de resposta
Emergências como enfartes, AVC ou traumatismos graves exigem intervenção imediata, e cada minuto pode determinar o desfecho clínico.
• Disponibilidade de meios
A escassez de ambulâncias e equipas em determinados momentos, como em períodos de maior procura, compromete a rapidez da resposta.
• Desigualdades geográficas
Em zonas rurais ou de difícil acesso, o tempo de chegada é maior, obrigando ao recurso a meios aéreos ou marítimos para colmatar distâncias.
• Gestão da pressão e do stress
Os profissionais atuam sob grande pressão, enfrentando cenários de dor e risco, o que gera elevado desgaste físico e psicológico.
• Formação e atualização constante
O caráter imprevisível das emergências obriga a treino regular em novas técnicas e protocolos, para garantir eficácia em qualquer situação.
• Reconhecimento profissional
A valorização e o apoio aos profissionais de emergência são fundamentais para manter a motivação e reduzir o impacto do desgaste emocional.
A preparação técnica é determinante para garantir respostas eficazes em situações críticas. Na urgência e emergência, os profissionais enfrentam cenários imprevisíveis que exigem não só rapidez, mas também precisão clínica e capacidade de decisão sob pressão. A formação contínua permite atualizar protocolos, treinar novas técnicas e reforçar a coordenação em equipa, assegurando que cada intervenção segue as melhores práticas disponíveis.
Nesse sentido, destacamos 2 cursos fundamentais para a formação de profissionais nesta área.
Este curso capacita os participantes para agir em situações de emergência, com foco na reanimação cardiorrespiratória em adultos, crianças e lactentes. Inclui treino em ventilação assistida, desobstrução da via aérea e utilização do Desfibrilador Automático Externo (DAE), reforçando a importância de uma resposta rápida e eficaz na prevenção da morte súbita.
Este curso visa capacitar enfermeiros para uma gestão segura e eficaz da terapêutica em contextos críticos. Aborda os princípios básicos da farmacologia, o ciclo do medicamento no organismo e as principais classes de fármacos utilizadas em situações de urgência e emergência. A formação aprofunda a preparação e administração correta dos medicamentos, a monitorização dos efeitos adversos e a importância da notificação, reforçando a segurança do doente e a qualidade dos cuidados prestados.