Principais Psicopatologias do Adulto e do Idoso

 

Sendo que a principal preocupação da Psicopatologia está relacionada com a doença da mente, considera-se esta temática extremamente vasta, uma vez que envolve o conhecimento diferentes áreas de científicas como a Psicologia, a Neurologia, a Psicanálise e a Psiquiatria.

 

Segundo dados do Primeiro Estudo de Prevalência de Perturbações Mentais em Adultos (Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental, 2013), os problemas de saúde mental são uma das principais causas de incapacidade na sociedade atual.

 

Aproximadamente 23% dos portugueses sofre de uma perturbação mental, fazendo de Portugal o segundo país da Europa com maior prevalência de doenças psiquiátricas. Estima-se que as perturbações que apresentam maior prevalência são a perturbação da ansiedade, cerca de 16.5%, e as perturbações de humor, cerca de 7.9%.

 

 

Psicopatologias mais comuns

 

 

Apesar das perturbações da ansiedade e de humor estarem descritas como as mais comuns, não só em Portugal, mas no Mundo, existem outras patologias que se manifestam frequentemente ao longo da vida. Mesmo que se verifiquem semelhanças nas doenças mentais mais comuns, a incidência destas perturbações varia consoante a fase de vida que se atravessa.

 

 

Psicopatologias mais comuns no Adulto:

 

• Ansiedade
• Depressão
• Esquizofrenia
• Transtornos Alimentares
• Stress Pós-traumático
• Somatização

 

 

Psicopatologias mais comuns no Idoso:

 

• Demência
• Demência tipo Alzheimer
• Demência Vascular
• Esquizofrenia
• Transtornos depressivos
• Transtorno bipolar

 

 

 

Intervenção e tratamento

 

 

A intervenção psicológica consiste no conjunto de abordagens e técnicas utilizadas pelos profissionais de psicologia que auxilia na gestão de questões emocionais, comportamentais e cognitivas. Trata-se de um processo terapêutico que visa promover mudanças positivas na forma como os indivíduos pensam, sentem e se comportam.

O diagnóstico e tratamento das patologias mentais são realizados por profissionais de saúde mental, como psicólogos, psiquiatras e terapeutas.

 

Os métodos utilizados no tratamento dos transtornos de saúde mental podem ser classificados como:

 

Somáticos – Os tratamentos somáticos podem incluir medicamentos e outros tipos de terapia que resultem na estimulação do cérebro.

 

Psicoterapêuticos – Os tratamentos psicoterapêuticos podem incluir psicoterapia, terapia comportamental e hipnoterapia.

 

No tratamento das perturbações mentais, uma abordagem terapêutica que contemple tanto medicamentos como psicoterapia é mais eficaz do que qualquer um dos métodos de tratamento utilizados isoladamente.

 

 

 

Dinâmica familiar no contexto terapêutico

 

 

O contexto familiar é fundamental na abordagem terapêutica das perturbações de saúde mental, uma vez que estes são frequentemente os primeiros a reconhecer as mudanças cognitivas e/ou comportamentais decorrentes destas doenças. Porém, é frequente que estes distúrbios possam interferir no ambiente familiar, uma vez que os familiares vivenciam de perto todos os fatores que afetam a vida do doente, como o diagnóstico, a incapacidade de realizar as suas tarefas diárias, possíveis alterações na situação económica e social e a incerteza associada a todo o processo até à cura.

 

Sendo o ambiente familiar um fator tão importante no tratamento do doente, uma dinâmica familiar de maior instabilidade está associada a piores resultados clínicos. No entanto, o contrário também se verifica, visto que um ambiente favorável pode conduzir à melhoria do quadro clínico no sentido de reduzir as recaídas, diminuir o número de crises e promover a adesão às terapêuticas.

 

Daí ser tão importante que as famílias estejam dotadas da informação e do acompanhamento psicológico necessário que as capacite a lidar com as dificuldades que os distúrbios mentais causam nos doentes.

 

 

 

 

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