Dia Mundial do Cérebro

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Dia Mundial do Cérebro

No Dia Mundial do Cérebro, reflita sobre a importância da saúde cerebral, da prevenção de doenças neurológicas e do papel da neuropsicologia.

O cérebro é o centro operativo da existência humana. É nele que residem as nossas emoções, decisões, memórias e capacidades cognitivas. No Dia Mundial do Cérebro, assinalado a 22 de julho, recordamos a importância de preservar a saúde cerebral, promovendo não só a prevenção das doenças neurológicas, mas também a valorização da neuropsicologia e da neurologia como áreas essenciais ao bem-estar e à qualidade de vida.

 

 

A dimensão global das doenças cerebrais


De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as doenças cerebrais representam uma das maiores causas de incapacidade e morte prematura em todo o mundo. Estima-se que mais de mil milhões de pessoas vivam com uma doença neurológica, como o AVC, a epilepsia, as demências, a esclerose múltipla ou as perturbações do neurodesenvolvimento.
Estes números evidenciam a urgência de apostar em estratégias integradas que envolvam prevenção, diagnóstico precoce, tratamento eficaz e reabilitação neurológica.

 

 

Neuropsicologia e neurologia: duas ciências complementares


Enquanto a neurologia se dedica à avaliação e tratamento clínico das doenças do sistema nervoso, a neuropsicologia estuda a relação entre o funcionamento cerebral e o comportamento humano, desempenhando um papel fundamental na identificação de alterações cognitivas e emocionais.
Juntas, estas áreas permitem não só intervir em fases agudas de doença, como também acompanhar a evolução dos pacientes ao longo do tempo, promovendo a sua autonomia e adaptação à vida quotidiana.

 

 

O papel crucial da reabilitação neurológica


A reabilitação neurológica assume um papel determinante na prática clínica dos profissionais de saúde, ao permitir recuperar ou compensar funções comprometidas por lesões cerebrais, como as resultantes de AVC, traumatismos crânio-encefálicos ou doenças neurodegenerativas.
Este processo, quando conduzido por equipas multidisciplinares potencia a neuroplasticidade e contribui para uma reabilitação mais eficaz, sobretudo quando iniciado precocemente.
Num contexto demográfico em que a longevidade se intensifica, garantir a funcionalidade cognitiva, a autonomia nas atividades de vida diária e a qualidade de vida dos utentes é um objetivo prioritário para os profissionais que intervêm nas áreas da neurologia e da saúde mental.

 


Neurodesenvolvimento: intervir de forma precoce e diferenciada


Enquanto profissionais de saúde, é fundamental reconhecer que a saúde cerebral tem início nas primeiras etapas da vida. A infância e a adolescência são períodos críticos do neurodesenvolvimento, durante os quais fatores ambientais, afetivos e biológicos interagem de forma determinante.
Perturbações como o espectro do autismo, a PHDA ou as dificuldades específicas de aprendizagem exigem avaliações rigorosas, diagnósticos diferenciados e planos de intervenção especializados. A atuação precoce e fundamentada em evidência científica contribui para melhores resultados a longo prazo, quer ao nível do desenvolvimento funcional, quer da inclusão social e escolar.

 


Saúde cerebral: compromisso com a prática clínica de qualidade


O Dia Mundial do Cérebro convida os profissionais de saúde a reforçarem o seu compromisso com uma abordagem holística e baseada na evidência à saúde cerebral, integrando na prática clínica diária a vigilância ativa de sinais neurológicos, a promoção de hábitos protetores do cérebro, como a gestão do stress, o exercício físico regular e a estimulação cognitiva e o combate ao estigma ainda associado às doenças neurológicas.

Face à complexidade crescente dos quadros neurológicos e neuropsicológicos, torna-se igualmente crucial apostar em formação contínua em áreas como a neuropsicologia, a neurologia, a reabilitação neurológica ou a intervenção no neurodesenvolvimento, dotando os profissionais de ferramentas sólidas para uma intervenção mais eficaz, ética e centrada no utente.

 

 

Especialização Avançada em Neuropsicologia Clínica

 

Esta formação visa aprofundar o conhecimento sobre avaliação e intervenção neuropsicológica, com foco nas principais condições clínicas encontradas na prática.
Os formandos irão explorar a neuroanatomia funcional, as funções cognitivas, os instrumentos de avaliação, os síndromes neuropsicológicos e as estratégias de reabilitação.
A formação combina teoria e prática, integrando a dimensão avaliativa e interventiva da neuropsicologia clínica, enquanto ponte entre o cérebro e o comportamento humano.

 


Especialização Avançada em Reabilitação Neurológica


Esta especialização capacita os profissionais com conhecimentos fundamentais para a avaliação e intervenção em pacientes adultos com patologias neurológicas, promovendo o retorno à funcionalidade em contexto clínico ou domiciliário.
Os formandos irão aprofundar a compreensão do sistema nervoso, identificar patologias neurológicas e suas manifestações, aplicar instrumentos de avaliação e dominar técnicas específicas como o conceito de Bobath. 
Serão ainda exploradas estratégias práticas de reabilitação, exercícios para atividades de vida diária, transferências e verticalização, com foco na participação ativa do paciente e na importância da comunicação terapêutica.

 


Especialização Avançada em Perturbações do Neurodesenvolvimento

Uma formação que oferece uma visão aprofundada sobre o desenvolvimento cerebral e as principais perturbações do neurodesenvolvimento, com foco nos seus impactos nos domínios académico, social, familiar e funcional da criança e do jovem.
Será explorada a neurociência cognitiva do desenvolvimento, a neuroanatomia e neuropatologia associada, assim como os instrumentos de avaliação e as metodologias de intervenção adequadas a diferentes perturbações: Perturbação do Desenvolvimento Intelectual, Perturbações da Comunicação, PHDA, Autismo, Perturbações Motoras e Perturbações Específicas da Aprendizagem.