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Dia das Nações Unidas: promover a paz, direitos e inclusão global
Descubra a importância do Dia das Nações Unidas e como os profissionais podem promover direitos humanos, inclusão social e desenvolvimento sustentável no seu dia a dia.
A 24 de outubro celebra-se o Dia das Nações Unidas, data que assinala a entrada em vigor, em 1945, da Carta das Nações Unidas e o nascimento oficial da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais do que uma efeméride, este dia representa um convite à reflexão sobre a importância da cooperação internacional, da promoção dos direitos humanos e da construção de sociedades mais inclusivas e sustentáveis.
Num mundo cada vez mais interligado, onde crises humanitárias, desigualdades e conflitos coexistem com avanços tecnológicos e sociais, os princípios fundadores da ONU mantêm-se atuais e indispensáveis. A sua missão, promover a paz, proteger os direitos humanos e fomentar o desenvolvimento sustentável, constitui um compromisso partilhado por governos, organizações e cidadãos.
Compreender a relevância deste dia é também reconhecer o papel dos profissionais, da educação, da saúde, do serviço social, da psicologia ou da gestão pública, como agentes de mudança. Traduzir os valores das Nações Unidas em práticas concretas é transformar ideais em ação, localmente e a partir da profissão.
Criada após a devastação da Segunda Guerra Mundial, a ONU nasceu com o objetivo de impedir a repetição de conflitos de escala global e de garantir que a dignidade humana seria o centro da reconstrução internacional. A sua Carta fundadora estabeleceu princípios universais de soberania, igualdade entre Estados, respeito pelos direitos humanos e resolução pacífica de litígios.
A organização estrutura-se em órgãos com funções complementares:
Para além destes, existem agências especializadas que materializam a missão das Nações Unidas no terreno: o UNICEF atua na defesa dos direitos da criança, a OMS (Organização Mundial da Saúde) na promoção da saúde global, a ONU Mulheres na igualdade de género, e o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no combate à pobreza e às desigualdades.
A amplitude destas estruturas demonstra que a ONU é simultaneamente um organismo político, diplomático, técnico e humanitário. A sua força reside na capacidade de mobilizar esforços multilaterais para enfrentar desafios que ultrapassam fronteiras nacionais.
O século XXI trouxe avanços científicos e sociais notáveis, mas também novos e complexos desafios que exigem respostas conjuntas e coordenadas. A ONU tem procurado liderar este esforço, promovendo políticas que conciliem o crescimento económico com a justiça social e a sustentabilidade ambiental.
Entre os principais desafios globais destacam-se:
Estes desafios são interdependentes e exigem abordagens integradas, onde a ação local e o compromisso profissional se tornam instrumentos decisivos para o alcance de soluções duradouras.
Os Direitos Humanos e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão no centro da missão das Nações Unidas.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948, estabeleceu os princípios universais de liberdade, igualdade e dignidade que servem de base a todas as políticas internacionais de justiça e inclusão.
Décadas mais tarde, em 2015, a ONU apresentou a Agenda 2030, um plano de ação global com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que abrangem áreas como a erradicação da pobreza, a igualdade de género, o acesso à educação e à saúde, a proteção ambiental e o fortalecimento das instituições democráticas.
Os ODS não são apenas metas governamentais, constituem um guia ético e operacional para todos os que intervêm em contextos sociais, educativos, clínicos ou comunitários. Cada ação profissional que promova equidade, bem-estar e sustentabilidade contribui, direta ou indiretamente, para a concretização desta agenda global.
Profissionais das áreas sociais e humanas, por exemplo, podem alinhar os seus projetos com os ODS ao criar programas de intervenção comunitária, reforçar o apoio a populações vulneráveis ou promover práticas educativas centradas na cidadania e na diversidade.
Assim, o impacto global das Nações Unidas é ampliado quando traduzido em ações locais, sustentadas e conscientes.
A transformação social não se concretiza apenas em conferências ou tratados internacionais, nasce nas práticas diárias de quem trabalha diretamente com pessoas e comunidades.
Profissionais de diferentes áreas podem desempenhar um papel central na materialização dos princípios da ONU através de ações concretas e replicáveis:
Cada uma destas ações, embora localizada, reflete a essência da Agenda 2030: pensar globalmente, agir localmente. A prática profissional torna-se, assim, uma extensão dos valores das Nações Unidas.
A educação é um dos pilares estruturantes da missão da ONU. Não apenas enquanto direito fundamental, mas como instrumento de transformação social e de promoção da paz.
Educar para os direitos humanos e para a sustentabilidade é educar para o respeito, a tolerância e a cooperação.
Em contextos escolares, comunitários ou formativos, os educadores e profissionais da aprendizagem desempenham um papel insubstituível: são mediadores entre conhecimento e consciência social.
Projetos educativos que abordem temas como igualdade de género, diversidade cultural ou proteção ambiental desenvolvem competências de empatia, pensamento crítico e responsabilidade global.
Exemplos práticos incluem:
A literacia para os direitos humanos e para a sustentabilidade deve, por isso, ser entendida como parte integrante da formação ao longo da vida — uma ferramenta que transforma o conhecimento em compromisso social.
O papel dos profissionais que atuam na esfera pública ou comunitária é essencial para garantir que os princípios da ONU não permanecem meramente declarativos.
A criação de políticas inclusivas, a articulação entre instituições e o reforço da participação cidadã são elementos decisivos na concretização dos objetivos globais.
A intervenção social, quando baseada em evidência científica e em práticas colaborativas, tem o poder de reduzir desigualdades e fortalecer o tecido comunitário.
Do mesmo modo, as políticas públicas orientadas pelos ODS contribuem para uma maior transparência, equidade e sustentabilidade nas decisões governamentais.
Neste sentido, a formação e capacitação dos profissionais tornam-se imperativas: compreender o enquadramento global é o primeiro passo para agir com eficácia a nível local.
A literacia internacional, isto é, o conhecimento sobre o funcionamento das organizações, tratados e metas globais, é hoje uma competência profissional indispensável.
O Dia das Nações Unidas recorda-nos da responsabilidade partilhada que cada cidadão e cada profissional tem na construção de um mundo mais justo.
Os valores da paz, da solidariedade e da cooperação não se esgotam em discursos; ganham sentido quando são incorporados na prática profissional, nas políticas públicas e nas relações quotidianas.
Promover os direitos humanos, fomentar a inclusão e contribuir para o desenvolvimento sustentável são tarefas coletivas. Cada decisão, cada projeto e cada gesto ético no exercício profissional têm o potencial de refletir, em pequena escala, a missão universal das Nações Unidas.
O Instituto CRIAP reconhece que o conhecimento é a base da mudança e que a formação especializada é a via mais eficaz para transformar princípios em ação.
As nossas formações, nas áreas da Intervenção Social e Comunitária, da Educação e Inclusão, da Família e Sociedade ou da Comunicação Aumentativa e Alternativa, proporcionam aos profissionais ferramentas teóricas e práticas para intervir com consciência, ética e impacto real.
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Nesta especialização, o profissional aprofunda competências teóricas e práticas na intervenção social em múltiplos contextos — saúde, poder local, IPSS, ação social e educação. A formação reforça a capacidade crítica, ética e interdisciplinar, promovendo práticas mais eficazes e o fortalecimento dos direitos sociais e de cidadania de populações em situação de vulnerabilidade.
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